Nas incertezas que te encontrei trilhei o caminho mais correto. Diante dos muros que me impedem de avistá-lo, caí de joelhos suplicando uma certeza.
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Inocente, não sabia que já tinha se entregado. Mentia todos os dias pra si mesma esperando que no final acreditasse que em nada poderia crer. Não duvidava, pois confiava cegamente em cada palavra simples que representasse afeto. No fundo ela sabia que ia se machucar. Queria tanto deixar as coisas fluírem, acontecerem naturalmente, mas sua dor psicológica precoce fazia seus olhos se encherem de lágrimas ao imaginar um futuro vazio. Talvez ela sentisse mais, talvez fosse apenas um pouco mais carente, talvez simplesmente fosse mais sonhadora.
Não são os mesmo olhares, não é o mesmo ritmo cardíaco, as mãos se encontravam na folha de papel, mas logo após seguiam caminhos opostos.
Um sentia com o coração, o outro sentia com o cérebro. Um vivia seu relacionamento utópico, o outro viva seu caso de amor realista. Duas coisas opostas, duas coisas que nunca dariam certo juntas. A razão se perde ao amar, um sentimento não pode ser racional...
Ela se perdia no meio das confusões psicológicas, mas depois ela se encontrava em um "amo você". Ela não sabia se era pior ter ou não ter, ambos queimavam como ferro quente. Ele, para ela, era o brilho dos olhos, era o iluminar do quarto ao amanhecer do dia, era o pisar sobre o gelo em cima da grama em dias de geada... Ele era como o entardecer, ele a surpreendia todos os dias com sua beleza inesperada, era leve e suave, era diferente e encantador. Todos os dias quando saia de casa ela observava o pôr do sol, seus tons alaranjados, o formato das nuvens, o vento que soprava seus cabelos. Ela pedia naquele momento que ele estivesse ali, não de corpo, mas de alma e coração, ela pedia humildemente que ele sentisse o mesmo aperto no peito.
Ela, para ele, não se conseguia entender o que significava, de certa maneira ele sempre hesitava em dizer diretamente, se falava acabava com uma contradição, quando se calava deixava um buraco aberto no peito.
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Buscando respostas descobri que não sei fazer as perguntas certas, buscando amor descobri que não sei amar da maneira certa. Não sei ouvir, não sei sentir, não sei fazer, não sei acreditar, não sei seguir em frente, não sei entender da maneira correta. Buscando escrever descobri que não sei começar e muito menos terminar estas linhas.
Eu não sinto orgulho de mim, não tenho orgulho em mim.
Eu sou nada. Você é tudo, me desculpe... Você é tudo. Não posso dizer isso;
You make me happy
You magnify my better half
You make me certain
Though all I have today is your photograph
Incubus.
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