A rotina de olhar as cores do céu ao pôr do sol já não é mais a mesma, a única coisa que sobrou foi a minha imagem sendo refletida na janela do ônibus... Eu observo, me vejo, te vejo ali. Tenho medo que o fone desconecte do celular e as pessoas no ônibus escutem a música que me lembra você. A ida que antes parecia rápida, agora é tão longa. A volta que demorava anos, é tão rápida. O frio, a mãos frias segurando a mochila, o vidro da janela embaçado não me deixa ver direito, mas de longe ainda vejo aquele motel medíocre com o logo da Apple na placa de entrada...
No inverno fica tarde mais cedo.
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