quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Pretérito imperfeito

Que te abraçar pela primeira vez foi como segurar o mundo com as mãos, você deve saber. Que te amei desde o momento que senti medo, que te quis desde que soube da existência, que te esperei desde que soube que podeia vir, que quis sumir desde a primeira vez que pensou em desistir de mim, você deve saber. Eu teria apostado meus últimos trocados que não seria, mas foi. Agora consigo perceber o quanto estava perdida, porque é a única explicação pra ter te encontrado, tão perdido, tão estranho, tão esquisito. Roubou cada pequeno fragmento do meu ser, pois deixo de ser eu se não for tua. Nem minhas madrugadas me pertencem mais, as 5h19min que o relógio marca pertencem a você. Esse texto é teu agora, esse blog é teu agora, todo o sangue que corre pelas minhas veias é teu agora.

E a conversa terminou em uma mesa de bar, em uma madrugada daquele mesmo mês, mas ninguém imaginava que a sede um do outro fosse maior que a de cerveja.

Um comentário:

  1. Incrível o jeito como a gente se perde quando se encontra em outra pessoa. Realidade complexada.

    http://gotasdeabsinto.blogspot.com.br/

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