terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Nuances

Minha mão desliza no papel, meus dedos estão sujos pelo grafite do lápis... Um traço quase perfeito, imperfeito por não poder sair da folha e entrar pela porta do quarto.
Te desenhei com palavras que nem consigo entender.
Essas paredes vermelhas da cor que eu não usei... No preto e branco te escondi com meus medos e as inseguranças sombreei com o cinza das nuvens naquele fim de tarde em que o céu tinha quatro cores.
Com a borracha, de leve, apaguei todas as coisas ruins do passado que insiste em permanecer, logo após criei novas linhas pra você seguir comigo. Com a lapiseira tive cuidado, tão frágil, fácil de quebrar, contornei cada detalhe daquele olhar impossível de decifrar.
O preto azulado da noite nos seus cabelos e o brilho das estrelas nos seus olhos... Existe algo maior que o céu? É tão grande que quase não cabe no peito. Esse amor tão azul quanto o lençol da cama que continua vazia sem você pra descansar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário