sábado, 7 de julho de 2012

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Entra, senta, toma um café. Você fuma? Sai na varanda, acende um cigarro, minha mãe te acompanha... Meu pai vai comentar sobre seus tempos de piá, contar algumas besteiras e desenrolar umas piadas que ele mesmo inventou. Entra novamente, senta no sofá, eu ligo a TV em algum canal sem graça só pra disfarçar, se eu resolvo por um filme, você detesta a pipoca e me distrai, em meio as risadas eu falo alguma coisa errada, você se irrita e sai... Faz toda aquela cena só pra ser protagonista, rouba toda a atenção, rouba minha vida, meu peito, meu coração, minha mão na tua mão, meu sorriso bobo estampado na cara, aquela coisa de quem ama, te puxo pelo braço e te levo até a cama, a gente deita, sorri de leve, cai na gargalhada... a gente fica quietinho como se soubesse que, no fim, tudo foi um sonho. (...)

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