domingo, 22 de janeiro de 2012

Ponto de Interrogação

Luz acesa as quatro horas da manhã, nunca gostei de ficar sozinha no escuro. Deitar a cabeça no travesseiro é o mesmo que acessar todas as informações de um disco rígido, a dor no pulso me impede de colocar a mão embaixo do rosto pra dormir...
Onde está você agora? Que roupa está usando? Com quem está conversando? Está dormindo? O que está fazendo? Quem é você agora? Seria possível sentir falta de algo que ainda não aconteceu?
Estou delirando. Acordo ao amanhecer do dia confundindo sonho com realidade, levo as mãos no rosto esfregando os olhos inchados com força pra acordar melhor, viro pro lado e durmo novamente. Quem é você que eu não vejo? Quem é você que ainda não me vê?
Quem sou eu que não me conheço? Eu sou tão você. Por favor, não torne isso difícil.

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